“Grumete” era o jovem que se candidatava a realizar pequenos serviços em naus

e caravelas em troca da oportunidade de viajar, para conhecer os mares e novas terras.

O nome da editora é também homenagem a Hércules Florence, que, quando conheceu

a obrade Daniel Defoe, o clássico “As Aventuras de Robinson Crusoé”,

decidiu virar grumete para poder vivenciar o que ele havia lido no livro.

Aos 16 anos, depois de ter conseguido convencer a sua mãe,

embarcou em Toulon, na França, para uma viagem de circum-navegação.

Quando o jovem artista desembarcou no Rio de Janeiro em 1824, encantado com tamanha beleza,

e sabendo que Debret, Taunay e Ferrez já estavam por ali – na Missão Artística Francesa, 1816 –

decidiu não retornar à caravela, permanecendo o resto de sua vida em terras brasileiras,

escrevendo, pela primeira vez no planeta, uma palavra que até hoje usamos muito,

para não dizer diariamente: fotografia.

“Dei a essa arte o nome de photographie, porque nela a luz desempenha o principal papel…”.

Em seus diários, encontrados em sua casa em Campinas-SP, a palavra “photografie” foi escrita

pela primeira vez, fato reconhecido mundialmente.

O jovem Florence, que sonhou ultrapassar horizontes pelos mares, se transformou

no único homem a conseguir “fixar” a luz, ainda em meados da primeira metade do século XIX,

feito que Niépce não conseguira na França – suas imagens desapareciam –

neste período muito próximo, mas anterior ao de Daguerre,

que havia fechado negócio com Niépce, ficando com todos os experimentos,

lançando em 1839 o daguerreótipo.

Histórias sem os livros perder-se-iam pelo tempo.

Os livros convidam a incríveis viagens,

desejamos despertar seu lado grumete!